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Como enfrentar a demora dos exames e do início do tratamento para o câncer?

Um dos primeiros problemas enfrentados pelo paciente e também por sua família logo após o diagnóstico da doença é a dificuldade em acessar os tratamentos disponíveis.

E se o paciente já conseguiu ser diagnosticado é uma grande vantagem, pois o processo diagnóstico eu diria que é tão exaustivo quanto aguardar para ter acesso aos tratamentos.

Infelizmente nós temos uma grande dificuldade para o atendimento no sistema público de saúde em nosso país, e tampouco o sistema particular nos traz segurança e tranquilidade – embora seus valores muitas vezes sejam abusivos.

Então, além de sofrer em relação aos sintomas da doença, às dificuldades financeiras advindas dos medicamentos necessários, do afastamento do trabalho, da perícia que demora, das dificuldades para que os cuidadores possam se organizar e auxiliar o paciente, ainda é necessário que todos tenham energias e forças para obter informações, enfrentar burocracias, conseguir documentações, vagas, etc.

Mas qual será a forma de enfrentar todas essas dificuldades?

Talvez o mais difícil, mas sem dúvidas o mais importante: SIGA SEMPRE EM FRENTE!

Claro que frente às dificuldades (não estamos falando em pequenas dificuldades, mas em grandes problemas de saúde e até financeiros) temos dificuldades em ter pensamentos positivos, esperança e acreditar.  Mas é exatamente neste momento que devemos “provar” do que somos feitos.

Lembra-se da história dos três porquinhos?  As casas de palha, de madeira e de tijolos?

Então, do que VOCÊ construiu sua “casa”?

É preciso que, mesmo que nossa casa se abale as vezes, tenhamos sempre a iniciativa de substituir uma palha ou uma ripa de madeira por um tijolo.  E a cada dificuldade, a cada desafio da vida, uma ação de positividade trará muito mais resultados do que uma ação de inércia ou de negativismo.

NÃO É FÁCIL, MAS É POSSÍVEL!

Estive no congresso da IMF realizado no mês de julho e conheci inúmeros pacientes que tiveram essas ações.  Pessoas que decidiram que apesar da doença, iriam viver cada dia como se fosse único, e não desistiram jamais de lutar.

Não estou falando de coisas grandiosas, mas de ações pequenas como se manter ativo o máximo que puder, manter uma alimentação balanceada, dormir o tempo adequado e respeitar as orientações médicas sobre esforços físicos, e se possível, manter o corpo sempre ativo.

E uma das ações mais positivas, é se manter ativo socialmente.

Isso significa dizer que você precisa estar próximo a seus familiares e amigos, deve ajudar sempre no que for possível e manter sua independência pelo máximo que conseguir – mas se isso for lhe custar algum risco, aprender a pedir ajuda.

Nós somos exatamente aquilo que fazemos num determinado momento.  Você pode sim estar doente, mas está aqui, e deve aproveitar ao máximo todas as oportunidades para ser feliz!

E talvez a felicidade não seja exatamente do jeito que você esperava, mas é necessário que você busque novas formas de estar feliz e continuar em frente, continuar com os pequenos prazeres da vida, na companhia de quem te ama, e fazendo coisas que você gosta.

Não pode mais praticar exercícios físicos, assista seu esporte predileto na TV; se sente triste porque seus cabelos caíram, adote um item charmoso como os lenços ou chapéu e não deixe que isso te impeça de realizar suas atividades; tem dores e não se sente tão disposto, aproveite os momentos em que tiver disposição para fazer algo que lhe traga prazer, e descanse quando for necessário.

E desta maneira, com pequenas ações, será possível enfrentar cada dificuldade que aparecer.

A espera é dolorosa, irritante, desmotivadora, decepcionante, mas é preciso ACREDITAR! Porque sempre há uma alternativa.

E para entender sobre as alterativas, busque informações – não desanime com o primeiro não, nem na 13ª dificuldade.  Busque com médicos, enfermeiros, e todos os outros profissionais da saúde que você tenha contato; utilize as redes sociais, compartilhe dúvidas, faça perguntas para quem já enfrentou os mesmos problemas; busque instituições como a IMF que podem lhe auxiliar com dados confiáveis.

E se necessário for, busque seus direitos na justiça, mas não deixe que digam que você não pode.

Lembre-se que saúde é um direito seu, e que você deve fazer sua “casa” a cada dia, trocando os materiais e tentando adequá-los às situações que você vivencia.

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