A depender da frequência e da intensidade dos sintomas, ou seja, do quanto eles atrapalham sua vida, de quanto tempo você gasta com esse tipo de pensamento ou ação, é que poderemos compreender se você tem TOC ou é apenas uma mania. E esse diagnóstico é extremamente importante para que seja possível eleger o melhor tratamento no caso de TOC.
Você tem TOC? Vamos a um pequeno “teste”:
- Você tem pensamentos obsessivos e medos frequentes de que, se não fizer alguma coisa, poderá acontecer algo de ruim com você ou alguém de quem você gosta?
- Estes pensamentos te trazem ansiedade, angústia ou pânico?
- Para amenizar os pensamentos e aliviar os sentimentos ruins você tem algum destes comportamentos?
- Compra coisas, mesmo que não precise, e acaba inventando alguma desculpa para comprar?
- Tem costume de verificar se a porta/janela está fechada?
- Necessidade de limpar as coisas, independente da hora?
- Não usa roupas vermelhas ou de alguma outra cor?
- Necessidade de desinfetar as mãos ou tomar banho com frequência?
- Manter a ordem de objetos, arrumar quadros, organizar lugares, ou manter algo simétrico como um quadro torno, buscando sempre um padrão?
- Realiza as coisas a partir de um mesmo ritual? – ex.: tomar banho começando somente pelo braço esquerdo, depois o direito, depois o pé direito, etc.
E por último, por quanto tempo ou quantas vezes você tem a necessidade de limpar, conferir, contar, fazer algum gesto repetitivo ou seguir o ritual que faz você se sentir menos ansioso(a)?
Se você respondeu sim a pelo menos uma das questões, e percebe que os comportamentos que amenizam sua ansiedade ocupam mais do que uma conferência do portão fechado/ do gás desligado/ higienização das mãos, etc, é um sinal importante!
Tenho TOC e agora?
Busque um psicólogo ou psiquiatra para que o diagnóstico seja feito adequadamente, pois há uma possibilidade grande de que você tenha TOC – transtorno obsessivo compulsivo.
O TOC é caracterizado principalmente por ideias, imagens ou impulsos que invadem os pensamentos da pessoa de forma persistente e involuntária. Estes pensamentos são chamados de obsessivos, geram grande desconforto, ansiedade e sofrimento. Para amenizar esta condição aversiva, a pessoa lança mão dos comportamentos compulsivos ou rituais, ou seja, comportamentos específicos que se repetem inúmeras vezes, com a função de neutralizar ou reduzir os efeitos das obsessões. Normalmente há um pensamento de que, se os rituais ou compulsões não forem realizados, algo de ruim poderá acontecer.
Os comportamentos de compulsão ou rituais mais frequentes são relacionados a repetições (sair, entrar, contar), sequências (ordenar roupas por cor, objetos por tamanho), limpeza (mãos, casa, objetos específicos), e verificação ou controle (fechaduras, eletrodomésticos, mensagens em redes sociais). Para ser considerado TOC estes sintomas não podem estar associados a doenças ou uso de substâncias químicas.
Cabe ressaltar que manias todos temos, e todos já experimentamos alguns comportamentos dos descritos acima, mas quando essas manias se tornam um problema na vida do indivíduo, é necessário que se faça um tratamento adequado. Muitas vezes é necessário o uso de medicamentos para reduzir os sintomas e permitir que as estratégias psicológicas sejam colocadas em prática.
A psicologia irá auxiliar o paciente a compreender e enfrentar as necessidades e compulsões, bem como lhe ensinará novas alternativas para lidar com os pensamentos obsessivos, evitando os rituais e quebrando o ciclo vicioso de obsessões e compulsões.
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